É BEM VINDA
NO SARAU DA BIBLIOTECA SÃO PAULO,
A PRISÃO DEU LUGAR A LIBERDADE DE EXPRESSÃO
VENHA DAR SEU RECADO
SABADOS DAS 16 AS 18 HS
Biblioteca de São Paulo
Estação Carandiru do Metrô – Parque da Juventude
Poiesis – Organização Social de Cultura
Projeto Mapa da Poesia
Biblioteca de São Paulo. Parque da Juventude - Avenida Cruzeiro do Sul, 2630 – Santana - São Paulo - SP.
www.bibliotecadesaopaulo.org.br
terça-feira, 29 de junho de 2010
Op. 15, No. 3
Quando brilha a Lua Cheia
(um pequeno sol gelado)
rodopiam pela noite
dois morcegos, lado a lado,
em seu pas-de-deux confuso.
Acompanham a coruja
que, repetitiva, pia
toda vez a mesma nota;
assobia pros morcegos,
antes de raiar o dia,
o começo de um concerto,
um noturno em Sol Menor.
(um pequeno sol gelado)
rodopiam pela noite
dois morcegos, lado a lado,
em seu pas-de-deux confuso.
Acompanham a coruja
que, repetitiva, pia
toda vez a mesma nota;
assobia pros morcegos,
antes de raiar o dia,
o começo de um concerto,
um noturno em Sol Menor.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Samurai das Sombras da Literatura Brasileira
Samurai das Sombras da Literatura Brasileira
ganha homenagem no CCSP
Evento no Centro Cultural São Paulo (CCSP) homenageia Massao Ohno, editor responsável
por revelar uma geração inteira da poesia nacional.
O Centro Cultural São Paulo celebra “Um tributo a Massao Ohno” na próxima quarta-feira, 30/6, às 20 horas na Sala Adoniran Barbosa. Um dos mais importantes editores independentes do país, Massao Ohno, recém falecido, dedicou meio século a criar livros que primaram pela inovação gráfica e pela descoberta de novos talentos literários. O CCSP fica na Rua Vergueiro, 1000, próximo à estação de metrô.
O evento é um sarau-homenagem com leituras de poemas, exibição de trechos de um documentário que está sendo produzido sobre o editor, números musicais e falas que narram sua importância e trajetória. Os poetas Antonio Fernando de Franceschi, Claudio Willer, Leila Echaime, Eunice Arruda, Celso de Alencar, Carlos Felipe Moisés, Álvaro Alves de Faria, Eunice Arruda, Renata Pallottini, Eduardo Alves da Costa, Miguel de Almeida, os editores Jiro Takahashi e Toninho Mendes, a cineasta Paola Prestes, o butoh Toshi Tanaka, os músicos Tito Martino e Cacau Brasil, são algumas das personalidades que se reúnem para celebrar seu legado.
Sobre Massao Ohno
Massao Ohno (1936-2010) foi o principal editor de gigantes da poesia brasileira, como Hilda Hilst e Roberto Piva. Lançou uma geração inteira de poetas com a Coleção Novíssimos no início da década de 60, incluindo Claudio Willer, Álvaro Alves de Faria, Carlos Felipe Moisés, Eduardo Alves da Costa e Eunice Arruda.
Ohno atuou quase sempre como uma pequena editora independente, muito mais como um artista do livro do que como empresário. Foi considerado por especialistas, como o bibliófilo José Mindlin, como um dos principais artistas gráficos do livro no Brasil, tendo inovado em formatos, uso de papéis e cortes especiais, em trabalho meticuloso e artesanal. Ajudou a formar também vários editores, hoje profissionais de destaque no mercado.
Começou a Editora Massao Ohno em meados da década de 50, dando forma inicialmente a apostilas e títulos didáticos destinados a estudantes de cursinhos pré-vestibulares, especialmente o Anglo. Trabalhava para quem podia pagar e financiava os jovens talentos do próprio bolso a fundo perdido. Lançou em 1961 a “Antologia dos Novíssimos”, uma das mais importantes coletâneas de novos poetas da História da Literatura Brasileira.
Foi o primeiro a publicar Renata Pallottini, Carlos Vogt, Jorge da Cunha Lima, Celso Luís Paulini, Paulo Del Greco, dentre muitos outros. Quando todos os grandes editores se recusaram a lançar Hilda Hilst em sua dita “fase erótica” – ou “pornográfica”, para alguns – temerosos da polêmica, novamente foi Massao quem mandou imprimir sob seu selo “O Caderno Rosa de Lory Lambi”, que deu novo fôlego à trajetória da autora. Calcula-se que tenha editado cerca de mil livros ao todo, na maioria esgotados e hoje itens de colecionador.
Incorporou trabalhos de Manabu Mabe, Ciro Del Nero, Tide Hellmeister, Arcângelo Ianelli, Aldemir Martins, João Suzuki, Jaguar e Millôr, dentre outros artistas, a seus livros, em capas ou ilustrações, promovendo intenso diálogo entre a literatura e as artes visuais.
Filho de japoneses, formado em odontologia, dedicou toda sua carreira às letras, mas militou também no cinema, tendo co-produzido filmes como “Viagem ao fim do mundo” (1967), de Fernando Coni Campos, e “O bandido da luz vermelha” (1968), de Rogério Sganzerla.
ganha homenagem no CCSP
Evento no Centro Cultural São Paulo (CCSP) homenageia Massao Ohno, editor responsável
por revelar uma geração inteira da poesia nacional.
O Centro Cultural São Paulo celebra “Um tributo a Massao Ohno” na próxima quarta-feira, 30/6, às 20 horas na Sala Adoniran Barbosa. Um dos mais importantes editores independentes do país, Massao Ohno, recém falecido, dedicou meio século a criar livros que primaram pela inovação gráfica e pela descoberta de novos talentos literários. O CCSP fica na Rua Vergueiro, 1000, próximo à estação de metrô.
O evento é um sarau-homenagem com leituras de poemas, exibição de trechos de um documentário que está sendo produzido sobre o editor, números musicais e falas que narram sua importância e trajetória. Os poetas Antonio Fernando de Franceschi, Claudio Willer, Leila Echaime, Eunice Arruda, Celso de Alencar, Carlos Felipe Moisés, Álvaro Alves de Faria, Eunice Arruda, Renata Pallottini, Eduardo Alves da Costa, Miguel de Almeida, os editores Jiro Takahashi e Toninho Mendes, a cineasta Paola Prestes, o butoh Toshi Tanaka, os músicos Tito Martino e Cacau Brasil, são algumas das personalidades que se reúnem para celebrar seu legado.
Sobre Massao Ohno
Massao Ohno (1936-2010) foi o principal editor de gigantes da poesia brasileira, como Hilda Hilst e Roberto Piva. Lançou uma geração inteira de poetas com a Coleção Novíssimos no início da década de 60, incluindo Claudio Willer, Álvaro Alves de Faria, Carlos Felipe Moisés, Eduardo Alves da Costa e Eunice Arruda.
Ohno atuou quase sempre como uma pequena editora independente, muito mais como um artista do livro do que como empresário. Foi considerado por especialistas, como o bibliófilo José Mindlin, como um dos principais artistas gráficos do livro no Brasil, tendo inovado em formatos, uso de papéis e cortes especiais, em trabalho meticuloso e artesanal. Ajudou a formar também vários editores, hoje profissionais de destaque no mercado.
Começou a Editora Massao Ohno em meados da década de 50, dando forma inicialmente a apostilas e títulos didáticos destinados a estudantes de cursinhos pré-vestibulares, especialmente o Anglo. Trabalhava para quem podia pagar e financiava os jovens talentos do próprio bolso a fundo perdido. Lançou em 1961 a “Antologia dos Novíssimos”, uma das mais importantes coletâneas de novos poetas da História da Literatura Brasileira.
Foi o primeiro a publicar Renata Pallottini, Carlos Vogt, Jorge da Cunha Lima, Celso Luís Paulini, Paulo Del Greco, dentre muitos outros. Quando todos os grandes editores se recusaram a lançar Hilda Hilst em sua dita “fase erótica” – ou “pornográfica”, para alguns – temerosos da polêmica, novamente foi Massao quem mandou imprimir sob seu selo “O Caderno Rosa de Lory Lambi”, que deu novo fôlego à trajetória da autora. Calcula-se que tenha editado cerca de mil livros ao todo, na maioria esgotados e hoje itens de colecionador.
Incorporou trabalhos de Manabu Mabe, Ciro Del Nero, Tide Hellmeister, Arcângelo Ianelli, Aldemir Martins, João Suzuki, Jaguar e Millôr, dentre outros artistas, a seus livros, em capas ou ilustrações, promovendo intenso diálogo entre a literatura e as artes visuais.
Filho de japoneses, formado em odontologia, dedicou toda sua carreira às letras, mas militou também no cinema, tendo co-produzido filmes como “Viagem ao fim do mundo” (1967), de Fernando Coni Campos, e “O bandido da luz vermelha” (1968), de Rogério Sganzerla.
domingo, 27 de junho de 2010
Programa ArteMultiCultural - TV video Livre - apresentação Nicanor Jacinto
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Mandamentos - Parte I
Chocar ao próximo como a ti mesmo.
Culpar pai e mãe nos almoços de domingos,
feriados e dias santos.
E não perguntar a Deus sobre todas essas coisas.
Culpar pai e mãe nos almoços de domingos,
feriados e dias santos.
E não perguntar a Deus sobre todas essas coisas.
sábado, 26 de junho de 2010
Utopias
Olá galera
Convidamos a todogs para mais um Encontro de Utopias, esse mês comemorando 1 ano de existência, de muita poesia, música , manifestações artísticas diversas e de disposição interna para pensar um mundo diferente, onde o respeito pela cultura, pela arte e sobretudo pelo ser humano seja parte do cotidiano.
Nessa edição convidamos os poetas participantes da coletânea Negrafias 02, coletânea organizada por Marciano Ventura, com poemas de Akins Kintê, André Luis Patrício, Elizandra Souza, Felipe Augusto, Gildean Silva, Giovanni di Ganzá, Lourenço Cardoso, Marcelo Mafra, Marciano Ventura, Marcio Folha, Michel Yakini, Miguel, Oubi Inaiê Kibuko, Pilar Ferreira, Raquel Almeida, Rinaldo Teixeira, Samantha Pilar.
Dia 27 de junho, domingo às 20 hs, no Pandora, Pça Roosevelt, 252 - Consolação. Tragam seus pandeiros, adereços, personagens, seus livros de cabeceira e o coraçôes abertos, pois como já disseram antes, o caminho se faz ao caminhar!
"Se antes de cada ato nosso, puséssemos prever todas as consequências dele, e pensar nelas a sério, primeiro as imediatas, depois as prováveis, depois as possíveis, depois as imagináveis, não chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar. "
José Saramago
Encontro de Utopias - 97172176
Convidamos a todogs para mais um Encontro de Utopias, esse mês comemorando 1 ano de existência, de muita poesia, música , manifestações artísticas diversas e de disposição interna para pensar um mundo diferente, onde o respeito pela cultura, pela arte e sobretudo pelo ser humano seja parte do cotidiano.
Nessa edição convidamos os poetas participantes da coletânea Negrafias 02, coletânea organizada por Marciano Ventura, com poemas de Akins Kintê, André Luis Patrício, Elizandra Souza, Felipe Augusto, Gildean Silva, Giovanni di Ganzá, Lourenço Cardoso, Marcelo Mafra, Marciano Ventura, Marcio Folha, Michel Yakini, Miguel, Oubi Inaiê Kibuko, Pilar Ferreira, Raquel Almeida, Rinaldo Teixeira, Samantha Pilar.
Dia 27 de junho, domingo às 20 hs, no Pandora, Pça Roosevelt, 252 - Consolação. Tragam seus pandeiros, adereços, personagens, seus livros de cabeceira e o coraçôes abertos, pois como já disseram antes, o caminho se faz ao caminhar!
"Se antes de cada ato nosso, puséssemos prever todas as consequências dele, e pensar nelas a sério, primeiro as imediatas, depois as prováveis, depois as possíveis, depois as imagináveis, não chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar. "
José Saramago
Encontro de Utopias - 97172176
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Festa Junina do Lira da Vila
Neste sábado faremos a Festa Junina do Lira da Vila.
Vista sua camisa xadrez, vestido florido e chapéu de palha.
Quem quiser pode participar trazendo um prato típico e uma prenda para o bingo.
Venha brincar conosco!
Serviço:
Dia: 26.06.2010
Horário: a partir das 17h30min
Local: Bar do André ( Restaurante Estrela do Sabor)
Endereço: Rua Major Sertório, 450, Vila Buarque, São Paulo, SP
Mostra Internacional de Teatro no CCBB
Teatro
Mostra Internacional de Teatro no CCBB
da Redação em 04/06/10
De 24 de junho a 4 de julho, o Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) oferece a Mostra Internacional de Teatro 2010. A MIT é um evento em parceria com o FILO – Festival Internacional de Teatro de Londrina, que neste ano comemora sua 42ª edição.
Veja a programação completa:
“Braquage” – Cie Bakélite (França)
24 e 25 de junho – 19h30
Em Braquage, a Companhia Bakélite se transforma, se motoriza, faz gambiarra, tortura e desvia os objetos da vida cotidiana para fazer os espectadores viverem todas as etapas incontornáveis de uma falcatrua. Um espetáculo de teatro de objetos, de suspense insuportável, uma história verídica contada pelo personagem principal: um bandido.
Duração: 50 minutos. Classificação indicativa: 14 anos.
“The Cabinet” – Cia Redmoon (EUA)
26 de junho – 19h30 e 27 de junho – 18h
The Cabinet conta a história do assassino Dr. Caligari e seu assistente, o sonâmbulo Cesare, em um mundo fora de ordem composto de marionetes e de máquinas complexas. Inspirado no filme expressionista alemão de 1919 “O Gabinete do Doutor Caligari”, o espetáculo cria um selvagem e abstrato “gabinete de curiosidades”, na qual cinco fantoches contracenam e cometem atrocidades.
Duração: 60 minutos. Classificação indicativa: 14 anos.
“El Último Herdeiro” – Cia de Teatro Viajeinmóvil (Chile)
01 a 03 de julho – 19h30 e 04 de julho – 18h
El Ultimo Herdero é uma obra histórica e ao mesmo tempo metafórica da cultura chilena. Em um cenário mínimo se desvendam as inúmeras formas adotadas para o desenrolar da peça. Portas, janelas, paredes, móveis e outros artefatos se unem para criar a magia que Jaime Lorca e o Teatro Inmóvil são capazes de provocar. Um trabalho habilidoso que se potencializa com a participação de atores e manipuladores incríveis. Recomenda-se não fechar os olhos para não perdem nem os mínimos detalhes.
Duração: 90 minutos. Classificação indicativa: 14 anos.
Tags: CCBB, MIT, Mostra Internacional de Teatro
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O Que: Mostra Internacional de Teatro
Quando: de 24/06 a 07/07
Domingos às 18:00
Quintas, Sextas e Sábados às 19:30
Confira todas as datas Qui 24 a Sáb 26/06 às 19:30
Dom 27/06 às 18:00
Qui 1 a Sáb 03/07 às 19:30
Dom 04/07 às 18:00
Quanto: Catraca Livre
Onde: CCBB
Endereço: R. Álvares Penteado, 112 - Centro. Telefone: (11) 3113-3651
Projeto Integra Jandira
Educãção cultura e arte
Rua Conceição Sammartino, nº 50 - em cima do "Recanto do Bebê"
Tel: 4619-7540
Mostra Internacional de Teatro no CCBB
da Redação em 04/06/10
De 24 de junho a 4 de julho, o Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) oferece a Mostra Internacional de Teatro 2010. A MIT é um evento em parceria com o FILO – Festival Internacional de Teatro de Londrina, que neste ano comemora sua 42ª edição.
Veja a programação completa:
“Braquage” – Cie Bakélite (França)
24 e 25 de junho – 19h30
Em Braquage, a Companhia Bakélite se transforma, se motoriza, faz gambiarra, tortura e desvia os objetos da vida cotidiana para fazer os espectadores viverem todas as etapas incontornáveis de uma falcatrua. Um espetáculo de teatro de objetos, de suspense insuportável, uma história verídica contada pelo personagem principal: um bandido.
Duração: 50 minutos. Classificação indicativa: 14 anos.
“The Cabinet” – Cia Redmoon (EUA)
26 de junho – 19h30 e 27 de junho – 18h
The Cabinet conta a história do assassino Dr. Caligari e seu assistente, o sonâmbulo Cesare, em um mundo fora de ordem composto de marionetes e de máquinas complexas. Inspirado no filme expressionista alemão de 1919 “O Gabinete do Doutor Caligari”, o espetáculo cria um selvagem e abstrato “gabinete de curiosidades”, na qual cinco fantoches contracenam e cometem atrocidades.
Duração: 60 minutos. Classificação indicativa: 14 anos.
“El Último Herdeiro” – Cia de Teatro Viajeinmóvil (Chile)
01 a 03 de julho – 19h30 e 04 de julho – 18h
El Ultimo Herdero é uma obra histórica e ao mesmo tempo metafórica da cultura chilena. Em um cenário mínimo se desvendam as inúmeras formas adotadas para o desenrolar da peça. Portas, janelas, paredes, móveis e outros artefatos se unem para criar a magia que Jaime Lorca e o Teatro Inmóvil são capazes de provocar. Um trabalho habilidoso que se potencializa com a participação de atores e manipuladores incríveis. Recomenda-se não fechar os olhos para não perdem nem os mínimos detalhes.
Duração: 90 minutos. Classificação indicativa: 14 anos.
Tags: CCBB, MIT, Mostra Internacional de Teatro
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O Que: Mostra Internacional de Teatro
Quando: de 24/06 a 07/07
Domingos às 18:00
Quintas, Sextas e Sábados às 19:30
Confira todas as datas Qui 24 a Sáb 26/06 às 19:30
Dom 27/06 às 18:00
Qui 1 a Sáb 03/07 às 19:30
Dom 04/07 às 18:00
Quanto: Catraca Livre
Onde: CCBB
Endereço: R. Álvares Penteado, 112 - Centro. Telefone: (11) 3113-3651
Projeto Integra Jandira
Educãção cultura e arte
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Tel: 4619-7540
Saramago é homenageado na Biblioteca Comunitária com exposição e exibição de filme
ITU-SP
O Ponto de Leitura de Itu - Biblioteca Comunitária prof. Waldir de Souza Lima será palco, neste sábado, de uma homenagem ao escritor português José Saramago, falecido no último dia 18 de junho. Saramago foi um dos maiores expoentes da literatura contemporânea e o único vencedor do Prêmio Nobel de Literatura a escrever em língua portuguesa.
Pela manhã, a partir das 9 horas, será a aberta uma exposição de cartazes e obras do escritor e à noite, às 19 horas, o Cineclube Brad Will irá exibir o filme "Ensaio sobre a cegueira", do diretor brasileiro Fernando Meirelles, baseado no livro de mesmo nome, de autoria de Saramago. Quem for à biblioteca poderá conferir, ainda, uma exposição de livros sobre o continente africano, que está sediando a Copa do Mundo de Futebol.
A biblioteca fica localizada na Rua Floriano Peixoto, 238, Centro, Itu. Maiores informações em: (11) 8110-3598 ou bibliotecacomunitariaitu@gmail.com. As atividades são todas gratuitas.
SPECIAL NIGHT
26/06/10 - SATURDAY - THE BOX
SPECIAL NIGHT
Este sábado a THE BOX traz diretamente de N.Y. um dos emergentes Djs da cena Hip Hop americana. Com apenas 23 anos,Mel Debarge já se destaca nas casas noturnas e eventos ao redor do mundo, sendo aclamado pela crítica em razão de sua habilidade técnica e sua ligação pessoal com o público !!!
Line-up:
Mau (house) - Mel Debarge (Hip Hop - From N.Y.)
Convidamos para nossa LISTA , é só enviar os nomes para:
listasthebox@hotmail.com
Nesta lista ou convite até a 1:00h:
*Mulher: FREE PASS
*Homem: 120 consumação.
*Camarotes: entre em contato por e-mail.
Imprescindível a apresentação de documento original.
THE BOX: Rua Pequetita, 189, Vila Olimpia, São Paulo, SP.
Tel: (11) 3895 5858 / (11) 3895 4949 / (11) 3895 4848
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Sarau da Biblioteca São Paulo
Versando liberdade
Quem lê não mosca, voa mais alto!
Quem escreve vai fundo, não boia no raso!
Recital aberto a toda manifestação artística.
Dê voz a um poema!
Mostre sua arte!
Reparta!
Deste time, seja parte!
sábados, das 16h às 18 horas.
Apresentação de Carlos Galdino.
Biblioteca de São Paulo
Estação Carandiru do Metrô – Parque da Juventude
Poiesis – Organização Social de Cultura
Projeto Mapa da Poesia
Biblioteca de São Paulo. Parque da Juventude - Avenida Cruzeiro do Sul, 2630 – Santana - São Paulo - SP.
www.bibliotecadesaopaulo.org.br
Versando liberdade
Quem lê não mosca, voa mais alto!
Quem escreve vai fundo, não boia no raso!
Recital aberto a toda manifestação artística.
Dê voz a um poema!
Mostre sua arte!
Reparta!
Deste time, seja parte!
sábados, das 16h às 18 horas.
Apresentação de Carlos Galdino.
Biblioteca de São Paulo
Estação Carandiru do Metrô – Parque da Juventude
Poiesis – Organização Social de Cultura
Projeto Mapa da Poesia
Biblioteca de São Paulo. Parque da Juventude - Avenida Cruzeiro do Sul, 2630 – Santana - São Paulo - SP.
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Sarau da Biblioteca de São Paulo
Sarau da Biblioteca de São Paulo
Versando liberdade
Quem lê não mosca, voa mais alto!
Quem escreve vai fundo, não boia no raso!
Recital aberto a toda manifestação artística.
Dê voz a um poema!
Mostre sua arte!
Reparta!
Deste time, seja parte!
Aos sábados, das 16h às 18 horas.
Apresentação de Carlos Galdino.
Biblioteca de São Paulo
Estação Carandiru do Metrô – Parque da Juventude
Poiesis – Organização Social de Cultura
Projeto Mapa da Poesia
Versando liberdade
Quem lê não mosca, voa mais alto!
Quem escreve vai fundo, não boia no raso!
Recital aberto a toda manifestação artística.
Dê voz a um poema!
Mostre sua arte!
Reparta!
Deste time, seja parte!
Aos sábados, das 16h às 18 horas.
Apresentação de Carlos Galdino.
Biblioteca de São Paulo
Estação Carandiru do Metrô – Parque da Juventude
Poiesis – Organização Social de Cultura
Projeto Mapa da Poesia
O SOPA DE LETRINHAS (O SARAU DO CAIUBI)
é uma festa chacriniana com muita música, poesia e bom humor. Acontece uma vez por mês, sempre na última sexta-feira. Músicos, intérpretes, compositores, poetas e performers dos mais variados estilos aproveitam o palco aberto do Sopa e apresentam suas criações para uma plateia incrivelmente atenciosa e participativa. O público presente no evento ainda participa lendo poemas do poeta homenageado da noite e concorre a vários prêmios. No final do evento, é servida (na faixa) uma deliciosa sopa (de letrinhas).
PRÓXIMA EDIÇÃO: DIA 25/06 no Lua Nova Arte e Bar -21:30 horas
R. 13 de Maio 540 - Bixiga - São Paulo - SP
Poeta Homenageada: Beth Brait
Maiores Informações: (11) 67176443 (Vlado)
convido a todos a colarem na proxima Récita Maloqueirista que terá o lançamento de meu proximo livro intitulado "Multivio"
será domigo agora no espaço dos Parlapatões.
o livro foi ilustrado pelo amigo Vine (Tempo ou Ovine) grafiteiro dos bons e a arte grafica foi feita por outro camarada o Victor Meira.
este meu proximo filho esta bem bonito, espero que todos compareçam para prestigiar esta nova empreitada.
segue a capa e o cartaz da récita, se puderem me ajudar na divulga fico agradecido.
meu abraço a todos,
berimba
sábado, 19 de junho de 2010
Fog
e me fizesse névoa,
ficaria um tempo entre os leões,
(os bichos)
e os guerrilheiros patriotas,
libertaria os pobres labirintos,
todas as armas biológicas
e as coleções genéticas...
- quem sabe eu só temesse o vento
sabotando o livre arbítrio? -
Faria tudo que hoje não posso:
nuvem que se dá ao luxo de ser anti-ética.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Estreia o Sarau da Biblioteca São Paulo - e Carlos Galdino é o apresentador
Estreia o Sarau da Biblioteca São Paulo
Marco Pezão
O alicerce da moderna Biblioteca de São Paulo sepulta milhares de histórias. Reais!
Inglória face na arte de reeducar e reintegrar. No Complexo Carandiru, muito mais que 111 agonias circularam entre muros e barras de ferro, diuturnamente, durante mais de seis décadas. Reduzida a pó, restaram amargas lembranças. Não poucas.
Em seu lugar, ergueu-se acolhedor abrigo. A casa dos livros. As histórias não são mais confinadas. Ganharam liberdade. Interagem com quem busca saber.
Recém-inaugurada, a Biblioteca de São Paulo é gerida com novo conceito. Além das obras obrigatórias, os mais de 30 mil livros atendem à solicitação do público, à sua preferência. Ao menos 100 computadores estão disponíveis para os leitores e há, ainda, palestras, shows, oficinas e saraus.
Entre a extensa programação mensal, mais uma atividade estará em ação. Sob a marquise da entrada, o palco e o microfone estarão atentos aos versos e acordes da manifestação popular.
O Sarau da Biblioteca de São Paulo chega para somar entre os mais de 60 recitais espalhados pela região metropolitana.
Mas o que é um sarau?
É um espaço livre onde as palavras impressas ganham voz. É o lugar onde a poesia torna-se expressão. Onde a alma do escritor anônimo aflora.
Sem preconceitos de temas ou formas, criação nenhuma é rejeitada. Antes, aplaudida. É a comunhão daqueles que procuram dialogar consigo e com o mundo que os cerca. Incentivo à leitura! Quem lê não mosca, voa mais alto!
O Sarau da Biblioteca de São Paulo, que fica ao lado da Estação Carandiru do Metrô, estreia no sábado, 19 de junho, das 16 às 18 horas. Os encontros serão semanais e abertos a todo segmento artístico.
A literatura, em especial a poesia, vive momento único, acumulando mais e mais adeptos. Aos amantes e guerreiros, temos, assim, mais um recanto para exercitá-la.
A palavra é um cavalo sem sela. Se bobear, ela derruba. Mostre a cara. Dê voz ao seu poema! Cavalgue essa ideia!
Contamos com sua participação!
Serviço
Sarau da Biblioteca de São Paulo
Dia 19 de junho, às 16h
Biblioteca de São Paulo
Parque da Juventude
Av. Cruzeiro do Sul, 2630 – Santana – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 2089-0800 begin_of_the_skype_highlighting (11) 2089-0800 end_of_the_skype_highlighting
Site: www.bibliotecadesaopaulo.org.br
Blog: www.bibliotecadesaopaulo.blogspot.com
Twitter: www.twitter.com/spbiblioteca
Marco Pezão
O alicerce da moderna Biblioteca de São Paulo sepulta milhares de histórias. Reais!
Inglória face na arte de reeducar e reintegrar. No Complexo Carandiru, muito mais que 111 agonias circularam entre muros e barras de ferro, diuturnamente, durante mais de seis décadas. Reduzida a pó, restaram amargas lembranças. Não poucas.
Em seu lugar, ergueu-se acolhedor abrigo. A casa dos livros. As histórias não são mais confinadas. Ganharam liberdade. Interagem com quem busca saber.
Recém-inaugurada, a Biblioteca de São Paulo é gerida com novo conceito. Além das obras obrigatórias, os mais de 30 mil livros atendem à solicitação do público, à sua preferência. Ao menos 100 computadores estão disponíveis para os leitores e há, ainda, palestras, shows, oficinas e saraus.
Entre a extensa programação mensal, mais uma atividade estará em ação. Sob a marquise da entrada, o palco e o microfone estarão atentos aos versos e acordes da manifestação popular.
O Sarau da Biblioteca de São Paulo chega para somar entre os mais de 60 recitais espalhados pela região metropolitana.
Mas o que é um sarau?
É um espaço livre onde as palavras impressas ganham voz. É o lugar onde a poesia torna-se expressão. Onde a alma do escritor anônimo aflora.
Sem preconceitos de temas ou formas, criação nenhuma é rejeitada. Antes, aplaudida. É a comunhão daqueles que procuram dialogar consigo e com o mundo que os cerca. Incentivo à leitura! Quem lê não mosca, voa mais alto!
O Sarau da Biblioteca de São Paulo, que fica ao lado da Estação Carandiru do Metrô, estreia no sábado, 19 de junho, das 16 às 18 horas. Os encontros serão semanais e abertos a todo segmento artístico.
A literatura, em especial a poesia, vive momento único, acumulando mais e mais adeptos. Aos amantes e guerreiros, temos, assim, mais um recanto para exercitá-la.
A palavra é um cavalo sem sela. Se bobear, ela derruba. Mostre a cara. Dê voz ao seu poema! Cavalgue essa ideia!
Contamos com sua participação!
Serviço
Sarau da Biblioteca de São Paulo
Dia 19 de junho, às 16h
Biblioteca de São Paulo
Parque da Juventude
Av. Cruzeiro do Sul, 2630 – Santana – São Paulo (SP)
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terça-feira, 15 de junho de 2010
Cantos Vivos
Me incomodam palavras redondas:
parecem-me frouxas e gordas
e de modo geral enfadonhas.
Prefiro as palavras agudas,
palavras que tenham arestas,
que saltem da língua afiadas.
Palavras assim como estas.
parecem-me frouxas e gordas
e de modo geral enfadonhas.
Prefiro as palavras agudas,
palavras que tenham arestas,
que saltem da língua afiadas.
Palavras assim como estas.
domingo, 13 de junho de 2010
Vídeo do poema Aceitação da Loucura
Não vou à igreja
pedir perdão
por ser desigual
- prefiro a ciência
e a hóstia rosa
da Roche -
Nessa demência cetim-lexotan,
cai bem a nudez e a vodka
manchando o lençol on the rocks.
Ai, esqueci por sua causa
o que ia dizer!
- acho que tinha a ver
com sua não aceitação
da minha cuca torta,
sacaneada-
Fique com seus acertos,
suas mortas, filhas-das-patas
chocas
e me deixe
-choque!-
Posso até ser errada,
mas o problema é seu
e dê graças a Deus,
se não entende nada.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
quinta-feira, 10 de junho de 2010
quarta-feira, 9 de junho de 2010
terça-feira, 8 de junho de 2010
Dedé o rei do futebol
Dedé o rei do futebol
Circulando toda a volta do estádio Paulo Machado de Carvalho - mais conhecido como Pacaembu - Dedé sonha com o dia de sua estréia. Estádio lotado, torcida ensandecida de emoção, camisa dez com seu nome nas costas. Entra em campo rodeado de crianças uniformizadas - todas querendo entrar de mãos dadas com ele. É dia de clássico. Final do campeonato paulista. Inicio de um jogo decisivo. Nervos à flor da pele. Primeiro tempo tenso, jogadas duras, meio-campo truncado, os goleiros se destacam na partida. O primeiro tempo termina em zero a zero. Inicio do segundo tempo, o jogo recomeça da mesma forma, até os vinte minutos nada de gols. Dedé sabe que seu time precisa ganhar por ao menos um gol de diferença, o empate dá o titulo ao time adversário... Eis que aos quarenta minutos do segundo tempo Dedé recebe lançamento do lateral esquerdo, dribla um, dribla dois, um chapéu no terceiro, entra na área passa pelo goleiro e GOOOOOOOOLLLLLL!
- Levanta daí moleque! Vai acorda! Ta fazendo o quê, andando em volta do estádio? Usando drogas? Pergunta o policial, antes mesmo de descer da viatura.
- Nada não seu guarda, só estava descansando um pouco.
-Aqui não é lugar de trombadinha dormir, vai trabalhar... Estudar... Procurar o que fazer... Vamos... Vamos circulando.
-Desculpe seu guarda, já to saindo... Eu ajudo minha mãe vendendo panos de prato na rua. Como já vendi todos hoje, estava dando uma volta no estádio. Eu adoro esse lugar, meu sonho é um dia pisar nesse gramado.
- Mas nem pra gandula você serve moleque, vai... Circulando - diz o policial com ironia.
Dedé pega o caminho de casa. Não entende muito bem porque não pode andar em volta do estádio. Será que tem mesmo cara de ladrão? Doze anos e já tem cara de ladrão? Será que é sua cor? Não... Não pode ser, estamos em outro século, viu isso na escola, a descriminação racial acabou no século passado. Além do mais, Pelé, o rei do futebol... A pessoa mais importante do mundo... É negro. Ronaldinho Gaúcho. Samuel Eto’o. Robinho... Dedé tem orgulho disso, ele até se acha muito parecido com o jogador da seleção nas fotos de garoto. A garotada da vila também, não só na aparência, mas também na intimidade com a bola nos pés... As pedaladas lá no campinho. Dedé é o rei do futebol lá na vila. É sempre o primeiro a ser escolhido na hora do par ou ímpar, nunca fica de fora dos clássicos. Se ele atrasa um pouco, a molecada vai buscá-lo em casa, e quase sempre no final dos jogos é carregado pelos companheiros do time, é sempre o artilheiro, o melhor em campo, o capitão do time, orientando, elevando a moral dos jogadores, armando o time e comandando o ataque.
No caminho de casa, os sonhos voltam... Poderia se destacar no time do bairro. Quem sabe não aparece uma proposta para um time grande. Olheiros. Eles existem, já ouviu falar deles. Um dia alguém olharia por ele. Depois seria contratado por um time europeu, quem sabe seleção brasileira... Ser eleito o melhor do mundo. Comprar a tão sonhada casa para sua mãe. Ajudar a família, os amigos. Proporcionar à mãe a possibilidade de aprender a ler e escrever. Se livrar do padrasto que tanto os maltrata...
Ao entrar em casa, ainda extasiado pela imagem do futuro, Dedé encontra a mãe caída no chão com os olhos roxos e hematomas pelo corpo. Ao lado, o padrasto bêbado, chorando. Quantas vezes aquela cena ainda iria se repetir? Não suportava mais. Sem pensar, Dedé abre a gaveta da pia, pega uma faca. Ameaça. O homem parte para briga. Dedé só queria colocá-lo para fora. Intimidar. Ele não tem escolha. Tudo acontece muito rápido. Quase sem querer. A faca cai no chão, Dedé não se move.
*****
Finalmente chegou o grande dia, tarde ensolarada de domingo, a torcida grita seu nome de uma forma ainda mais emocionante para Dedé, sua mãe está na torcida. Após um campeonato duro, com jogos decisivos, seu time chegou à final. Inicio de um jogo duro, nervos à flor da pele, primeiro tempo tenso, jogadas duras, meio-campo truncado, os goleiros se destacam na partida. O primeiro tempo termina em zero a zero. Inicio do segundo tempo, o jogo recomeça da mesma forma, até os quarenta e cinco minutos nada de gols... Dedé recebe lançamento do lateral esquerdo, dribla um, dribla dois... É derrubado na área. Pênalti! Ele coloca a bola na marca. Cobrança autorizada, goleiro para um lado, bola para o outro, e é GOOOOOOOOLLLLLL... Do artilheiro Dedé... Fim de jogo e o time do pavilhão dois é o campeão do torneio da penitenciaria do estado.
Circulando toda a volta do estádio Paulo Machado de Carvalho - mais conhecido como Pacaembu - Dedé sonha com o dia de sua estréia. Estádio lotado, torcida ensandecida de emoção, camisa dez com seu nome nas costas. Entra em campo rodeado de crianças uniformizadas - todas querendo entrar de mãos dadas com ele. É dia de clássico. Final do campeonato paulista. Inicio de um jogo decisivo. Nervos à flor da pele. Primeiro tempo tenso, jogadas duras, meio-campo truncado, os goleiros se destacam na partida. O primeiro tempo termina em zero a zero. Inicio do segundo tempo, o jogo recomeça da mesma forma, até os vinte minutos nada de gols. Dedé sabe que seu time precisa ganhar por ao menos um gol de diferença, o empate dá o titulo ao time adversário... Eis que aos quarenta minutos do segundo tempo Dedé recebe lançamento do lateral esquerdo, dribla um, dribla dois, um chapéu no terceiro, entra na área passa pelo goleiro e GOOOOOOOOLLLLLL!
- Levanta daí moleque! Vai acorda! Ta fazendo o quê, andando em volta do estádio? Usando drogas? Pergunta o policial, antes mesmo de descer da viatura.
- Nada não seu guarda, só estava descansando um pouco.
-Aqui não é lugar de trombadinha dormir, vai trabalhar... Estudar... Procurar o que fazer... Vamos... Vamos circulando.
-Desculpe seu guarda, já to saindo... Eu ajudo minha mãe vendendo panos de prato na rua. Como já vendi todos hoje, estava dando uma volta no estádio. Eu adoro esse lugar, meu sonho é um dia pisar nesse gramado.
- Mas nem pra gandula você serve moleque, vai... Circulando - diz o policial com ironia.
Dedé pega o caminho de casa. Não entende muito bem porque não pode andar em volta do estádio. Será que tem mesmo cara de ladrão? Doze anos e já tem cara de ladrão? Será que é sua cor? Não... Não pode ser, estamos em outro século, viu isso na escola, a descriminação racial acabou no século passado. Além do mais, Pelé, o rei do futebol... A pessoa mais importante do mundo... É negro. Ronaldinho Gaúcho. Samuel Eto’o. Robinho... Dedé tem orgulho disso, ele até se acha muito parecido com o jogador da seleção nas fotos de garoto. A garotada da vila também, não só na aparência, mas também na intimidade com a bola nos pés... As pedaladas lá no campinho. Dedé é o rei do futebol lá na vila. É sempre o primeiro a ser escolhido na hora do par ou ímpar, nunca fica de fora dos clássicos. Se ele atrasa um pouco, a molecada vai buscá-lo em casa, e quase sempre no final dos jogos é carregado pelos companheiros do time, é sempre o artilheiro, o melhor em campo, o capitão do time, orientando, elevando a moral dos jogadores, armando o time e comandando o ataque.
No caminho de casa, os sonhos voltam... Poderia se destacar no time do bairro. Quem sabe não aparece uma proposta para um time grande. Olheiros. Eles existem, já ouviu falar deles. Um dia alguém olharia por ele. Depois seria contratado por um time europeu, quem sabe seleção brasileira... Ser eleito o melhor do mundo. Comprar a tão sonhada casa para sua mãe. Ajudar a família, os amigos. Proporcionar à mãe a possibilidade de aprender a ler e escrever. Se livrar do padrasto que tanto os maltrata...
Ao entrar em casa, ainda extasiado pela imagem do futuro, Dedé encontra a mãe caída no chão com os olhos roxos e hematomas pelo corpo. Ao lado, o padrasto bêbado, chorando. Quantas vezes aquela cena ainda iria se repetir? Não suportava mais. Sem pensar, Dedé abre a gaveta da pia, pega uma faca. Ameaça. O homem parte para briga. Dedé só queria colocá-lo para fora. Intimidar. Ele não tem escolha. Tudo acontece muito rápido. Quase sem querer. A faca cai no chão, Dedé não se move.
*****
Finalmente chegou o grande dia, tarde ensolarada de domingo, a torcida grita seu nome de uma forma ainda mais emocionante para Dedé, sua mãe está na torcida. Após um campeonato duro, com jogos decisivos, seu time chegou à final. Inicio de um jogo duro, nervos à flor da pele, primeiro tempo tenso, jogadas duras, meio-campo truncado, os goleiros se destacam na partida. O primeiro tempo termina em zero a zero. Inicio do segundo tempo, o jogo recomeça da mesma forma, até os quarenta e cinco minutos nada de gols... Dedé recebe lançamento do lateral esquerdo, dribla um, dribla dois... É derrubado na área. Pênalti! Ele coloca a bola na marca. Cobrança autorizada, goleiro para um lado, bola para o outro, e é GOOOOOOOOLLLLLL... Do artilheiro Dedé... Fim de jogo e o time do pavilhão dois é o campeão do torneio da penitenciaria do estado.
Emoldurada
Viro pro lado e vejo
(filme adulto sem cortes,
revista de sacanagem),
em chiaroscuro e água-forte
à luz que vem da janela,
a obra-prima do vernissage.
Ainda sinto seu cheiro
doce e quente sobre a pele.
Ela dá uma de inocente
(nem catecismo do Zéfiro,
nem bem óleo sobre tela),
espreguiça e faz que não sente
os meus olhos sobre a dela.
(filme adulto sem cortes,
revista de sacanagem),
em chiaroscuro e água-forte
à luz que vem da janela,
a obra-prima do vernissage.
Ainda sinto seu cheiro
doce e quente sobre a pele.
Ela dá uma de inocente
(nem catecismo do Zéfiro,
nem bem óleo sobre tela),
espreguiça e faz que não sente
os meus olhos sobre a dela.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
"Aquele que planeja a vitória",
Domingo, 06 de Junho de 2010, 01h21
Mônica Manir Nicomedes é nome de porte. "Aquele que planeja a vitória", explica Tião. Também é nome de uma concoide, a concoide de Nicomedes, curva plana constituída por dois ramos situados em lados opostos de uma reta assíntota que intimida inclusive o dicionário. Na régua, Tião nunca planejou seu destino. Nascido há 42 anos em Assis, perdeu os pais aos 12, foi criado por uma irmã missionária de voto perpétuo, abandonou a Escola de Aprendizes-Marinheiros, virou churrasqueiro de churrascaria, pedreiro de obra, saqueiro da Zona Cerealista, candidato a atleta e chapa de caminhão. Mas não esperava ? nem de longe ? que seu destino envergaria como envergou em fevereiro de 2003, quando Sebastião Nicomedes de Oliveira caiu de uma altura de 6 metros na frente de uma loja da Rua Oriente, onde tentava emplacar o primeiro luminoso da sua recém-aberta Oliveira Arte Comunicação Visual. Sem nenhum aparato de segurança, ele ainda deu a boa sorte de bater num toldo, mas a má de receber por cima a placa, a furadeira e tudo o mais que seus colegas deixaram cair na tentativa ? diz ele ? de tentar segurá-lo. Em reta descendente, Tião raciocinou: "Não posso cair sentado, não posso cair de costas, não posso cair de lado, não posso cair de cabeça, tenho de cair de pé. Tenho de morrer em pé". Acordou na esquina da Oriente com a Dr. Ricardo Gonçalves sobre a mão esquerda dobrada em "Z", o calcanhar direito meio enviesado e a cabeça fora de prumo. Mas não tinha morrido na frente da loja?Quase. A sem-vergonhice de seus colegas e do dono do estabelecimento o arrastou até a esquina, de onde ele mesmo pediu ajuda pelo celular. Os bombeiros, informados de que Tião havia sido atropelado por moto ou carro, o levaram para o Vermelhinho, o hospital do SUS Vereador José Storopolli, no Parque Novo Mundo. Ali hibernou por oito dias, sem um alô sequer de Simone, a mulher que chamava de noiva. Saiu com o braço esquerdo engessado até o sovaco e uma bota no calcanhar. Na mão livre, amostras de remédio e um pedido médico para cirurgia no Hospital São Paulo. O pé só estava trincado, mas o punho precisava de uma placa de platina. Tião se lembrava bem do endereço da sala na qual dormia e onde funcionava a sua Oliveira Arte Comunicação Visual, que, em pouco mais de uma semana, de sua já não tinha nada. Os funcionários levaram todo o maquinário e devolveram o prédio alugado ao dono. A alegação: Tião tinha ido desta pra pior. Pascoalina, uma conhecida, ainda lhe emprestou R$ 60, que mal deram para a pensão. Sem mais valia, Tião caiu no mundo. A saída era seguir o estômago. Acabou se aboletando ao redor do Mercado Municipal, onde poderia viver de tomate, cenoura, melão, melancia, banana e o que mais despencasse das barracas. Porém a depressão era muita. "Para mim, eu era empresário e estava dormindo na calçada. Não queria aceitar a situação." Chegou a dobrar o corpo sobre a grade do Viaduto do Chá, mas tinha medo de morrer, mesmo achando que morto já estava. Sua bênção era a mão torta. Por causa dos antibióticos e dos anti-inflamatórios, não botou álcool na boca. Se tivesse uma convulsão, tomaria outro prejuízo. Depois de dois meses, procurou uma irmã que mora em Caraguatatuba. Recebeu calor e comida, mas a dor no punho era insuportável e ele voltou à capital para tentar a operação. No vai não vai da saúde brasileira, refugiou-se num albergue, que para ele pouca diferença tem da rua, com a pessoa desligada a cada amanhecer. Enfim, a operação saiu. A fisioterapia ficou para o dia de são nunca. Tião entendeu que procurar os parentes seria pior. "Tem irmão alimentando os filhos e chega você, adulto, naquela situação complicada." Tocou a vida em duras temporadas alberguianas, sempre iluminadas pela escrita. Além de correr como um Forrest Gump, Tião gostava de cravar os sentimentos no papel. O primeiro atrapalhado que o viu escrevendo acabou se tornando seu anjo. No Parque Dom Pedro II, o tal andarilho mandou ver: "Letrado, escreve aí uma carta para a minha mãe". Então deu a ideia da literatura como profissão: "Ela pode mudar sua vida e pode mudar a nossa". Em 2007, Tião escreveu o livro de poesias Cátia, Simone e Outras Marvadas, publicado pelo Coletivo Dulcinéia Catadora, que divulga material artístico produzido por moradores de rua. A Cátia é mistério, a Simone é aquela e, entre as outras marvadas, prima a bebida: "A pinga pede o corpo/ que pede o chão/ que pede o corpo/ que pede a pinga se o corpo cai". Tião também escreveu o monólogo Diálogo dum Carroceiro, interpretado pelo ator Antonio Carlos de Niggro e apresentado inclusive para o presidente Lula. Hoje o texto roda por espaços alternativos, com O Homem sem País, outro monólogo de Tião, estrelado por ele mesmo. No cartaz, a linha fina tenta explicar o título: "O que é cidade de origem para quem não tem mais para onde ir?"Desova. "Quis dizer que o morador de rua muitas vezes não volta porque bate a vergonha de se apresentar à família como fracassado, o amigo de infância vai ver que a pessoa não virou artista", afirma. Além disso, o andarilho fica numa cidade só até ser descoberto. Então passa a ser cutucado e transferido de cá pra lá, de lá pra cá, em peruas de desova. "Hoje a principal rota de despejo no Estado é Campinas. Se ela não pode atender, os moradores são largados em São Paulo", afirma. Também por isso, pela movimentação incessante dessa população por vontade própria ou alheia, Tião questiona os números da última pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) sobre pessoas em situação de rua em São Paulo, divulgada nessa semana. O estudo foi feito entre novembro e dezembro, durante o verão portanto, quando moradores de rua descem para o litoral fugindo especialmente do abafo dos albergues. Ele também duvida do número de pessoas levantado pelo estudo ? 13.666. "São mais de 18 mil, a pesquisa se concentrou no centro de São Paulo e não considerou os desabrigados de outros bairros, como São Miguel, Santo Amaro, Penha, onde a população de rua cresceu muito."Nesse momento Tião não fala como poeta, ator, dramaturgo ou enxerido, mas como um dos fundadores do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR), formalizado após o massacre da Sé, em agosto de 2004, no qual moradores foram golpeados enquanto dormiam, sete deles mortalmente. Durante o assassinato, aliás, Tião recebeu ligações de desespero pelo celular vindos da praça. "No caso da Isabella Nardoni a perícia provou quem foram os assassinos. No caso do massacre..." Falando em traumas, ele parece ter superado a queda do andaime, tanto que trabalha em outra esquina da Rua Oriente como oficineiro na Casa Restaura-me, mantida pela ONG católica Aliança de Misericórdia, no bairro do Brás. A casa oferece atividades gratuitas de artesanato para os moradores de rua, que fazem brinquedos, tapetes, colares, porta-vasos. Tião fica por ali oferecendo material, sugerindo o que pode vir a ser divulgado no site da instituição, apartando desentendimentos, dando um norte para quem está perdido da silva.Wellington chegou devaneado no meio da entrevista, de mochila murcha nas costas e saliva nervosa no canto da boca. Disse que tinham roubado seu telefone e seu violino, mas que ele toca de tudo, de flauta a reco-reco. É só dar a oportunidade. Está num albergue porque a coisa ferveu em casa depois de uma briga com o padrasto. "Foi um rato de mocó que pegou suas coisas, né?", perguntou Tião. Wellington fez que sim. "Esse vai ser prego por um tempão, até aprender a viver na rua", disse Tião, na saída do menino. Prego é a presa dos ratos de mocó, muitos deles ex-cadeieiros que habitam a região. À saída da Restaura-me, lá estava Marcelo-médico-veterinário-em-situação-de-rua-nice-to-meet-you, alternando frases em inglês e francês, com leves erros de concordância. Tião alerta para as noias dos frequentadores do lugar, porém não descarta as verdades. "As autoridades tendem a achar que um morador de rua falando é como se estivesse louco, delirando ou mentindo." Ele não conhece Marcelo, mas se lembra de um médico diplomado que foi pra rua depois do desgosto de perder o filho numa mesa de operação. Fato é que também recorda uma mulher que se dizia Ana Paula Arósio, vinda da Itália nos braços do Gianecchini. Concorda com a pesquisa da Fipe quando ela diz que muito morador teve carteira assinada. "O problema é que vários desses nem sabem mais reconhecer o próprio nome na carteira."Rumamos para uma rua que desemboca na Sé, onde Tião participa de um projeto de criação e pesquisa em fotografia chamado Trecho 2.8. O projeto é uma parceria do Instituto Brasis com o Instituto Gens e pretende, como afirma Edson Fragoaz, um dos responsáveis, "viabilizar condições para os adultos em situação de rua terem assegurado o direito à comunicação do que sentem e pensam". Nessa quarta-feira, nove deles sairiam novamente pelo centro para clicar com as máquinas digitais oferecidas pelo projeto. Edson sugeriu um único lugar para todos. Em vão. "A República? Cruel! Com aquela cegonha de ferro?"; "O Arouche? Qual a graça de flor de floricultura?". Saíram a esmo, mas com o compromisso de voltar às 16h30.Muitos chegaram com fotos de passarinhos em busca de migalhas, belos reflexos distorcidos, flores desabrochando, esguichos psicodélicos, fachadas recortadas, cartazes de agências de turismo. "Não parece que estou em Paris?", sorri Márcio diante de uma Torre Eiffel estourada na máquina. Marilza trouxe novas encruzilhadas, como se estivesse a procurar seu canto, ela que veio do Maranhão atrás de peixes herbívoros. Poucos, como os três desta página, flagraram moradores de rua. Marli fez isso com maestria, mas não permitiu a divulgação. Está esperando o momento certo da glória. Tião registrou um passado que às vezes revisita em busca de inspiração. "Passo a noite de boa na rua, o lugar me ativa a memória." O bolsa-aluguel, mais a bolsa do curso de fotografia, mais a grana como oficineiro, mais o cachê esporádico de O Homem sem País lhe permitiram alugar um quarto e sala na Penha. Em lan houses, ele atualiza seu diariotiao.zip.net, "o blog que mostra a realidade das ruas de São Paulo". Mora com seus livros prediletos: Germinal, A Revolução dos Bichos, O Diário de Anne Frank e outros que ganha em lançamentos. Filhos? "Achei que tive em duas situações, mas acabei brigando e, na incerteza, ficou assim." Namorada? "Tenho." Um tenho meio sem convicção. Mostra a foto dela no celular. "É uma psicóloga, a gente se conheceu numa festa na Vila Madalena, mas ela sempre foi classe média. Tem vezes em que não consigo acompanhar."
Mônica Manir Nicomedes é nome de porte. "Aquele que planeja a vitória", explica Tião. Também é nome de uma concoide, a concoide de Nicomedes, curva plana constituída por dois ramos situados em lados opostos de uma reta assíntota que intimida inclusive o dicionário. Na régua, Tião nunca planejou seu destino. Nascido há 42 anos em Assis, perdeu os pais aos 12, foi criado por uma irmã missionária de voto perpétuo, abandonou a Escola de Aprendizes-Marinheiros, virou churrasqueiro de churrascaria, pedreiro de obra, saqueiro da Zona Cerealista, candidato a atleta e chapa de caminhão. Mas não esperava ? nem de longe ? que seu destino envergaria como envergou em fevereiro de 2003, quando Sebastião Nicomedes de Oliveira caiu de uma altura de 6 metros na frente de uma loja da Rua Oriente, onde tentava emplacar o primeiro luminoso da sua recém-aberta Oliveira Arte Comunicação Visual. Sem nenhum aparato de segurança, ele ainda deu a boa sorte de bater num toldo, mas a má de receber por cima a placa, a furadeira e tudo o mais que seus colegas deixaram cair na tentativa ? diz ele ? de tentar segurá-lo. Em reta descendente, Tião raciocinou: "Não posso cair sentado, não posso cair de costas, não posso cair de lado, não posso cair de cabeça, tenho de cair de pé. Tenho de morrer em pé". Acordou na esquina da Oriente com a Dr. Ricardo Gonçalves sobre a mão esquerda dobrada em "Z", o calcanhar direito meio enviesado e a cabeça fora de prumo. Mas não tinha morrido na frente da loja?Quase. A sem-vergonhice de seus colegas e do dono do estabelecimento o arrastou até a esquina, de onde ele mesmo pediu ajuda pelo celular. Os bombeiros, informados de que Tião havia sido atropelado por moto ou carro, o levaram para o Vermelhinho, o hospital do SUS Vereador José Storopolli, no Parque Novo Mundo. Ali hibernou por oito dias, sem um alô sequer de Simone, a mulher que chamava de noiva. Saiu com o braço esquerdo engessado até o sovaco e uma bota no calcanhar. Na mão livre, amostras de remédio e um pedido médico para cirurgia no Hospital São Paulo. O pé só estava trincado, mas o punho precisava de uma placa de platina. Tião se lembrava bem do endereço da sala na qual dormia e onde funcionava a sua Oliveira Arte Comunicação Visual, que, em pouco mais de uma semana, de sua já não tinha nada. Os funcionários levaram todo o maquinário e devolveram o prédio alugado ao dono. A alegação: Tião tinha ido desta pra pior. Pascoalina, uma conhecida, ainda lhe emprestou R$ 60, que mal deram para a pensão. Sem mais valia, Tião caiu no mundo. A saída era seguir o estômago. Acabou se aboletando ao redor do Mercado Municipal, onde poderia viver de tomate, cenoura, melão, melancia, banana e o que mais despencasse das barracas. Porém a depressão era muita. "Para mim, eu era empresário e estava dormindo na calçada. Não queria aceitar a situação." Chegou a dobrar o corpo sobre a grade do Viaduto do Chá, mas tinha medo de morrer, mesmo achando que morto já estava. Sua bênção era a mão torta. Por causa dos antibióticos e dos anti-inflamatórios, não botou álcool na boca. Se tivesse uma convulsão, tomaria outro prejuízo. Depois de dois meses, procurou uma irmã que mora em Caraguatatuba. Recebeu calor e comida, mas a dor no punho era insuportável e ele voltou à capital para tentar a operação. No vai não vai da saúde brasileira, refugiou-se num albergue, que para ele pouca diferença tem da rua, com a pessoa desligada a cada amanhecer. Enfim, a operação saiu. A fisioterapia ficou para o dia de são nunca. Tião entendeu que procurar os parentes seria pior. "Tem irmão alimentando os filhos e chega você, adulto, naquela situação complicada." Tocou a vida em duras temporadas alberguianas, sempre iluminadas pela escrita. Além de correr como um Forrest Gump, Tião gostava de cravar os sentimentos no papel. O primeiro atrapalhado que o viu escrevendo acabou se tornando seu anjo. No Parque Dom Pedro II, o tal andarilho mandou ver: "Letrado, escreve aí uma carta para a minha mãe". Então deu a ideia da literatura como profissão: "Ela pode mudar sua vida e pode mudar a nossa". Em 2007, Tião escreveu o livro de poesias Cátia, Simone e Outras Marvadas, publicado pelo Coletivo Dulcinéia Catadora, que divulga material artístico produzido por moradores de rua. A Cátia é mistério, a Simone é aquela e, entre as outras marvadas, prima a bebida: "A pinga pede o corpo/ que pede o chão/ que pede o corpo/ que pede a pinga se o corpo cai". Tião também escreveu o monólogo Diálogo dum Carroceiro, interpretado pelo ator Antonio Carlos de Niggro e apresentado inclusive para o presidente Lula. Hoje o texto roda por espaços alternativos, com O Homem sem País, outro monólogo de Tião, estrelado por ele mesmo. No cartaz, a linha fina tenta explicar o título: "O que é cidade de origem para quem não tem mais para onde ir?"Desova. "Quis dizer que o morador de rua muitas vezes não volta porque bate a vergonha de se apresentar à família como fracassado, o amigo de infância vai ver que a pessoa não virou artista", afirma. Além disso, o andarilho fica numa cidade só até ser descoberto. Então passa a ser cutucado e transferido de cá pra lá, de lá pra cá, em peruas de desova. "Hoje a principal rota de despejo no Estado é Campinas. Se ela não pode atender, os moradores são largados em São Paulo", afirma. Também por isso, pela movimentação incessante dessa população por vontade própria ou alheia, Tião questiona os números da última pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) sobre pessoas em situação de rua em São Paulo, divulgada nessa semana. O estudo foi feito entre novembro e dezembro, durante o verão portanto, quando moradores de rua descem para o litoral fugindo especialmente do abafo dos albergues. Ele também duvida do número de pessoas levantado pelo estudo ? 13.666. "São mais de 18 mil, a pesquisa se concentrou no centro de São Paulo e não considerou os desabrigados de outros bairros, como São Miguel, Santo Amaro, Penha, onde a população de rua cresceu muito."Nesse momento Tião não fala como poeta, ator, dramaturgo ou enxerido, mas como um dos fundadores do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR), formalizado após o massacre da Sé, em agosto de 2004, no qual moradores foram golpeados enquanto dormiam, sete deles mortalmente. Durante o assassinato, aliás, Tião recebeu ligações de desespero pelo celular vindos da praça. "No caso da Isabella Nardoni a perícia provou quem foram os assassinos. No caso do massacre..." Falando em traumas, ele parece ter superado a queda do andaime, tanto que trabalha em outra esquina da Rua Oriente como oficineiro na Casa Restaura-me, mantida pela ONG católica Aliança de Misericórdia, no bairro do Brás. A casa oferece atividades gratuitas de artesanato para os moradores de rua, que fazem brinquedos, tapetes, colares, porta-vasos. Tião fica por ali oferecendo material, sugerindo o que pode vir a ser divulgado no site da instituição, apartando desentendimentos, dando um norte para quem está perdido da silva.Wellington chegou devaneado no meio da entrevista, de mochila murcha nas costas e saliva nervosa no canto da boca. Disse que tinham roubado seu telefone e seu violino, mas que ele toca de tudo, de flauta a reco-reco. É só dar a oportunidade. Está num albergue porque a coisa ferveu em casa depois de uma briga com o padrasto. "Foi um rato de mocó que pegou suas coisas, né?", perguntou Tião. Wellington fez que sim. "Esse vai ser prego por um tempão, até aprender a viver na rua", disse Tião, na saída do menino. Prego é a presa dos ratos de mocó, muitos deles ex-cadeieiros que habitam a região. À saída da Restaura-me, lá estava Marcelo-médico-veterinário-em-situação-de-rua-nice-to-meet-you, alternando frases em inglês e francês, com leves erros de concordância. Tião alerta para as noias dos frequentadores do lugar, porém não descarta as verdades. "As autoridades tendem a achar que um morador de rua falando é como se estivesse louco, delirando ou mentindo." Ele não conhece Marcelo, mas se lembra de um médico diplomado que foi pra rua depois do desgosto de perder o filho numa mesa de operação. Fato é que também recorda uma mulher que se dizia Ana Paula Arósio, vinda da Itália nos braços do Gianecchini. Concorda com a pesquisa da Fipe quando ela diz que muito morador teve carteira assinada. "O problema é que vários desses nem sabem mais reconhecer o próprio nome na carteira."Rumamos para uma rua que desemboca na Sé, onde Tião participa de um projeto de criação e pesquisa em fotografia chamado Trecho 2.8. O projeto é uma parceria do Instituto Brasis com o Instituto Gens e pretende, como afirma Edson Fragoaz, um dos responsáveis, "viabilizar condições para os adultos em situação de rua terem assegurado o direito à comunicação do que sentem e pensam". Nessa quarta-feira, nove deles sairiam novamente pelo centro para clicar com as máquinas digitais oferecidas pelo projeto. Edson sugeriu um único lugar para todos. Em vão. "A República? Cruel! Com aquela cegonha de ferro?"; "O Arouche? Qual a graça de flor de floricultura?". Saíram a esmo, mas com o compromisso de voltar às 16h30.Muitos chegaram com fotos de passarinhos em busca de migalhas, belos reflexos distorcidos, flores desabrochando, esguichos psicodélicos, fachadas recortadas, cartazes de agências de turismo. "Não parece que estou em Paris?", sorri Márcio diante de uma Torre Eiffel estourada na máquina. Marilza trouxe novas encruzilhadas, como se estivesse a procurar seu canto, ela que veio do Maranhão atrás de peixes herbívoros. Poucos, como os três desta página, flagraram moradores de rua. Marli fez isso com maestria, mas não permitiu a divulgação. Está esperando o momento certo da glória. Tião registrou um passado que às vezes revisita em busca de inspiração. "Passo a noite de boa na rua, o lugar me ativa a memória." O bolsa-aluguel, mais a bolsa do curso de fotografia, mais a grana como oficineiro, mais o cachê esporádico de O Homem sem País lhe permitiram alugar um quarto e sala na Penha. Em lan houses, ele atualiza seu diariotiao.zip.net, "o blog que mostra a realidade das ruas de São Paulo". Mora com seus livros prediletos: Germinal, A Revolução dos Bichos, O Diário de Anne Frank e outros que ganha em lançamentos. Filhos? "Achei que tive em duas situações, mas acabei brigando e, na incerteza, ficou assim." Namorada? "Tenho." Um tenho meio sem convicção. Mostra a foto dela no celular. "É uma psicóloga, a gente se conheceu numa festa na Vila Madalena, mas ela sempre foi classe média. Tem vezes em que não consigo acompanhar."
Colapso de primaveras
Eu não queria dar esta pinta
mas não há como negar
Dizem que há mulher que resista
eu mesma achei que não fosse passar
por este grande constrangimento
Foi o maldito fio de cabelo branco
que minha funcionária apontou
e eu nunca tinha reparado
nele ali, todo arrepiado
Foi ele que desencadeou
estes tantos dilemas
de eu desembestar
a senti-me feia
à meia noite
às três da tarde
às oito da manhã
de sentir necessidade
de cirurgia
academia
corte de cabelo
e maquiagem
Tudo que era antes bobagem
Foi o maldito fio de cabelo branco
que minha tia enfatizou
Eu não queria dar esta pinta!
mas se não for TPM
realmente eu tô fudida
ando muito desconfiada
que seja crise dos trinta
mas não há como negar
Dizem que há mulher que resista
eu mesma achei que não fosse passar
por este grande constrangimento
Foi o maldito fio de cabelo branco
que minha funcionária apontou
e eu nunca tinha reparado
nele ali, todo arrepiado
Foi ele que desencadeou
estes tantos dilemas
de eu desembestar
a senti-me feia
à meia noite
às três da tarde
às oito da manhã
de sentir necessidade
de cirurgia
academia
corte de cabelo
e maquiagem
Tudo que era antes bobagem
Foi o maldito fio de cabelo branco
que minha tia enfatizou
Eu não queria dar esta pinta!
mas se não for TPM
realmente eu tô fudida
ando muito desconfiada
que seja crise dos trinta
domingo, 6 de junho de 2010
Espaço Cultural Alberico Rodrigues
Espaço Cultural Alberico Rodrigues
Novo horário de funcionamento:
Aberto: de 2ª a 6ª Feira: das 14 às 22 h
Sábado: das 09 às 22 h
EVENTOS CULTURAIS DE JUNHO 2010 no Alberico
Programação detalhada: www.albericorodrigues.com.br
Siga a programação do Espaço Cultural Alberico Rodrigues
também no twitter: www.twitter.com/espacoalberico
Seja bem-vindo(a).
- Teatro
- "GANDHI, Um Líder Servidor" - Com o ator João Signorelli
6 anos de sucesso! Agora no Espaço Cultural Alberico Rodrigues!
Dias: 05, 12, 19 e 26 (sábados), 20 h
Reserve seu ingresso: R$ 20,00 (R$ 10,00: meia)
- "VINICIARTE" - Teatro Poético-Musical (um divertido e emocionante passeio pela
vida e obra de Vinícius de Moraes) - com Ricardo Kelmer, Vanessa Moreno e
Moacir Bedê - dia 11 (6ª feira), 20 h
Reserve seu ingresso: R$ 20,00 (R$ 10,00: meia e antecipado)
- Lançamento de Livro
- Livro: PONTEIOS DA MADRUGADA - Autor: Francisco Moura Campos.
Dia 07 (2ª feira), a partir das 18 h
- Cursos de Extensão Cultural
- Oficina Literária (prosa), A Arte do Violão, Dança de Salão, Técnicas de
Autoencantamento, e outros
- Exposição de Artes Plásticas
A atração do dia 24-05 a 27-06-2010 na Galeria de Arte do Espaço Cultural Alberico
Rodrigues é a exposição da artista Beatriz Del Picchia.
- e mais:
- MURO LITERÁRIO DO ALBERICO - de Homero aos autores contemporâneos.
Único no mundo. Conheça os homenageados
- Assista ao vídeo FLASH PAULISTANO (Alberico declara seu amor à Cidade de
São Paulo)
- Assista ao documentário A SAGA DE DOM ALBERICO (sobre o escritor Alberico
Rodrigues)
________________________________________________________________________________________________________
ESPAÇO ALBERICO RODRIGUES - Um Ideal Cultural
www.albericorodrigues.com.br
55 11 3064 3920 e 55 11 3064 9737
alberico@albericorodrigues.com.br
eventosculturais@albericorodrigues.com.br
Aberto
de 2ª a 6ª Feira: das 14 às 22 h
Sábado: das 09 às 22 h
Novo horário de funcionamento:
Aberto: de 2ª a 6ª Feira: das 14 às 22 h
Sábado: das 09 às 22 h
EVENTOS CULTURAIS DE JUNHO 2010 no Alberico
Programação detalhada: www.albericorodrigues.com.br
Siga a programação do Espaço Cultural Alberico Rodrigues
também no twitter: www.twitter.com/espacoalberico
Seja bem-vindo(a).
- Teatro
- "GANDHI, Um Líder Servidor" - Com o ator João Signorelli
6 anos de sucesso! Agora no Espaço Cultural Alberico Rodrigues!
Dias: 05, 12, 19 e 26 (sábados), 20 h
Reserve seu ingresso: R$ 20,00 (R$ 10,00: meia)
- "VINICIARTE" - Teatro Poético-Musical (um divertido e emocionante passeio pela
vida e obra de Vinícius de Moraes) - com Ricardo Kelmer, Vanessa Moreno e
Moacir Bedê - dia 11 (6ª feira), 20 h
Reserve seu ingresso: R$ 20,00 (R$ 10,00: meia e antecipado)
- Lançamento de Livro
- Livro: PONTEIOS DA MADRUGADA - Autor: Francisco Moura Campos.
Dia 07 (2ª feira), a partir das 18 h
- Cursos de Extensão Cultural
- Oficina Literária (prosa), A Arte do Violão, Dança de Salão, Técnicas de
Autoencantamento, e outros
- Exposição de Artes Plásticas
A atração do dia 24-05 a 27-06-2010 na Galeria de Arte do Espaço Cultural Alberico
Rodrigues é a exposição da artista Beatriz Del Picchia.
- e mais:
- MURO LITERÁRIO DO ALBERICO - de Homero aos autores contemporâneos.
Único no mundo. Conheça os homenageados
- Assista ao vídeo FLASH PAULISTANO (Alberico declara seu amor à Cidade de
São Paulo)
- Assista ao documentário A SAGA DE DOM ALBERICO (sobre o escritor Alberico
Rodrigues)
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ESPAÇO ALBERICO RODRIGUES - Um Ideal Cultural
www.albericorodrigues.com.br
55 11 3064 3920 e 55 11 3064 9737
alberico@albericorodrigues.com.br
eventosculturais@albericorodrigues.com.br
Aberto
de 2ª a 6ª Feira: das 14 às 22 h
Sábado: das 09 às 22 h
Diagnóstico
Ela é uma mulher muito ocupada.
Acorda, olha através,
além dos olhos da vidraça.
E se esforça,
antes que lhe escape o mote,
em pensar algo
que lhe baste um pouco
- quem sabe um choque
nos que esperam mais
dessa mulher muito ocupada
e forte -
Cansam-me sóis repetidos,
vidraças, garoas, edifícios...
O dia vai administrá-la
mal vesti-la,
agenda-la
come-la rápido no drive-thru da esquina.
Mas ela chega em casa
e ainda precisa aproveitar a noite
para se encher de olheiras
e copiar os mortos
(phodiam mais que ela).
Não é à toa que entre seus dedos
caibam apenas
vidraças repetidas, frias,
novamente sóis, estrelas,
luzes da cidade
e espera.
sábado, 5 de junho de 2010
Nem Pra Mim
Hoje não senhores!
Não adianta me procurar
Não estou pra ninguém
Não estou para os vizinhos
Para o carteiro
Para a vendedora da Yakult
Não estou para o MSN
Para o celular
Ou para o Orkut
Hoje não estou afim
Não estou nem aí
Nem sei bem onde,
Não estou nem pra mim
Hoje não senhores!
Hoje aquela por quem o meu
Coração muda de compasso
Não passou...
Nem no MSN
Nem no celular
Nem no Orkut
E em tudo
Insisto em ver aquela
Por quem o meu coração muda
O compasso
E ela nem passa
Nem uma mensagem no meu TIM
Hoje não!
Não estou nem pra mim...
Jader Lima e Grupo Shakespirou ,na programação da casa dos cordéis
Meus amigos(as),
Neste sábado (05/06) às 20:00h, teremos a apresentação de Jader Lima na Casa dos cordeis. Entrada franca.
Neste domingo (06/06) às 19:00h, teremos o Grupo Shakespirou de teatro, apresentando 'Pequenas histórias'. Inteira 10,00, meia 5,00.
Venham e verão bons espetáculos!
ah!!! conheçam nossa programação em www.boscomaciel.com.br > programação
--
Bosco Maciel
011 9780.0958
www.boscomaciel.com.br
KAOLL & LANNY GORDIN
Feira de Arte e Artesanato Omaguás
06/06 - 15hs
Praça dos Omaguás - Av. Pedroso de Morais, 800 - Pinheiros
(em frente à FNAC)
evento gratuito
intervenção de dança: Cristoilma
www.kaoll.com
O segundo trabalho de estúdio da banda KAOLL & LANNY GORDIN intitulado "Auto-Hipnose" revela a real experiência auditiva do universo experimental do grupo. Propondo uma profunda viagem introspectiva aos apreciadores da boa música instrumental, são evidentes as influências de sonoridades progressivo-psicodélicas dos anos 70, do jazz contemporâneo e da música clássica. A parceria da banda com Lanny Gordin traz o gênio da guitarra brasileira em ótima fase, em um momento de total inspiração e liberdade criativa que permeiam o álbum através de sutis melodias e improvisos extraordinários, além das já reverenciadas progressões de acordes que o notabilizaram como um dos grandes mestres da harmonia. A produção do disco conta com os arranjos da banda KAOLL formada pelo guitarrista e idealizador do projeto Bruno Moscatiello, pelo baterista Dokter Leo, além de Carlos Fharia no contrabaixo, Tiago Mineiro nos teclados e piano, Yuri Garfunkel na flauta transversal, Miguel Durante na gaita e Janja Gomes nas percussões. Faixas como "Horizontes", " Khan El Khalili" e "Flutuante" revelam o dna do grupo reforçando tendências já implícitas no primeiro álbum "Kaoll 04". O disco também conta com a participação especial do exímio guitarrista Michel Leme em 2 músicas antológicas: "Groselha (O Sapato)" de Lanny Gordin e "Música Kármica" composta por Lanny e pelo próprio Michel.
FEIRA DE ARTE E ARTESANATO OMAGUÁS
"Arte na Praça"
todos os domingos das 10h às 17h
Praça dos Omaguás - Av. Pedroso de Morais, 800
Pinheiros - São Paulo - Brasil
www.feiraomaguas.com.br
06/06 - 15hs
Praça dos Omaguás - Av. Pedroso de Morais, 800 - Pinheiros
(em frente à FNAC)
evento gratuito
intervenção de dança: Cristoilma
www.kaoll.com
O segundo trabalho de estúdio da banda KAOLL & LANNY GORDIN intitulado "Auto-Hipnose" revela a real experiência auditiva do universo experimental do grupo. Propondo uma profunda viagem introspectiva aos apreciadores da boa música instrumental, são evidentes as influências de sonoridades progressivo-psicodélicas dos anos 70, do jazz contemporâneo e da música clássica. A parceria da banda com Lanny Gordin traz o gênio da guitarra brasileira em ótima fase, em um momento de total inspiração e liberdade criativa que permeiam o álbum através de sutis melodias e improvisos extraordinários, além das já reverenciadas progressões de acordes que o notabilizaram como um dos grandes mestres da harmonia. A produção do disco conta com os arranjos da banda KAOLL formada pelo guitarrista e idealizador do projeto Bruno Moscatiello, pelo baterista Dokter Leo, além de Carlos Fharia no contrabaixo, Tiago Mineiro nos teclados e piano, Yuri Garfunkel na flauta transversal, Miguel Durante na gaita e Janja Gomes nas percussões. Faixas como "Horizontes", " Khan El Khalili" e "Flutuante" revelam o dna do grupo reforçando tendências já implícitas no primeiro álbum "Kaoll 04". O disco também conta com a participação especial do exímio guitarrista Michel Leme em 2 músicas antológicas: "Groselha (O Sapato)" de Lanny Gordin e "Música Kármica" composta por Lanny e pelo próprio Michel.
FEIRA DE ARTE E ARTESANATO OMAGUÁS
"Arte na Praça"
todos os domingos das 10h às 17h
Praça dos Omaguás - Av. Pedroso de Morais, 800
Pinheiros - São Paulo - Brasil
www.feiraomaguas.com.br
sexta-feira, 4 de junho de 2010
SOCIEDADE DE POETAS DE VILA PRUDENTE
POESIA
MÚSICA
DANÇA
LITERATURA DE CORDEL
CONTADORES DE CAUSOS
CONTADORES DE PIADAS
E MUITO MAIS
TUDO ISSO VAI ACONTECER NESTE SÁBADO
DIA 05 DE JUNHO A PARTIR DAS 15:00 HORAS, NA
SOCIEDADE DE POETAS DE VILA PRUDENTE
LOCAL
CÍRCULO DOS TRABALHADORES CRISTÃOS DE VILA PRUDENTE
Rua José Zappi, 120 – 3º andar
Próximo ao terminal de ônibus de Vila Prudente
A ENTRADA É GRATUITA E ABERTA A TODOS
QUE QUEIRAM PARTICIPAR. É SÓ CHEGAR
MEIA HORA ANTES E SE INSCREVER
Atenciosamente
Ivan Ferretti Machado
MÚSICA
DANÇA
LITERATURA DE CORDEL
CONTADORES DE CAUSOS
CONTADORES DE PIADAS
E MUITO MAIS
TUDO ISSO VAI ACONTECER NESTE SÁBADO
DIA 05 DE JUNHO A PARTIR DAS 15:00 HORAS, NA
SOCIEDADE DE POETAS DE VILA PRUDENTE
LOCAL
CÍRCULO DOS TRABALHADORES CRISTÃOS DE VILA PRUDENTE
Rua José Zappi, 120 – 3º andar
Próximo ao terminal de ônibus de Vila Prudente
A ENTRADA É GRATUITA E ABERTA A TODOS
QUE QUEIRAM PARTICIPAR. É SÓ CHEGAR
MEIA HORA ANTES E SE INSCREVER
Atenciosamente
Ivan Ferretti Machado
Sarau Femina Arte
Olá pessoas do bem,
O coletivo Encontro de Utopias convida a todos para o Sarau Femina Arte, segunda feira, dia 7 de junho, no Vila Butantã, às 21 hs , na Av. Vital Brasil, 911 - Butantã .
Venha compartilhar desse olhar mais gentil e delicado, onde mulheres e homens procuram se despir dos estereótipos impostos pela cultura de massa e ajudar na reconstrução de um outro mundo, mais pacífico e menos "idiotizante".
" O que afeta diretamente à uma pessoa , afeta à todos indiretamente." M.Luther King
O coletivo Encontro de Utopias convida a todos para o Sarau Femina Arte, segunda feira, dia 7 de junho, no Vila Butantã, às 21 hs , na Av. Vital Brasil, 911 - Butantã .
Venha compartilhar desse olhar mais gentil e delicado, onde mulheres e homens procuram se despir dos estereótipos impostos pela cultura de massa e ajudar na reconstrução de um outro mundo, mais pacífico e menos "idiotizante".
" O que afeta diretamente à uma pessoa , afeta à todos indiretamente." M.Luther King
Magazine Dois Corações Agradece a Preferência
quando o telefone chama
e ninguém atende
passe azeite de dendê
que cura qualquer secura
ou então
tome uma brahma
meu amigo
se o peito bate
quebra
e lá fora ninguém responde
não se aperte:
use super bonder
em caso de emergência
a propaganda é a alma do negócio
falido
e só o coração sabe
onde lhe aperta o ofício
de ser só
partido
quando o telefone chama
e ninguém atende
passe azeite de dendê
que cura qualquer secura
ou então
tome uma brahma
meu amigo
se o peito bate
quebra
e lá fora ninguém responde
não se aperte:
use super bonder
em caso de emergência
a propaganda é a alma do negócio
falido
e só o coração sabe
onde lhe aperta o ofício
de ser só
partido
quinta-feira, 3 de junho de 2010
madrugada cultural de osasco
salve galera
ta chegando a hora de ir embora pra casa
eeeeeeeeeeeeee
feriado de semana é sempre bom.
Lembro que neste sabado teremos a madrugada cultural de osasco.
Peço a vcs que encaminhem este email aos amigos pois nossa divulgação, assim como a das viagens, é sempre boca boca.
É uma festa para cerca de 3.000 pessoas (numero do ano passado) e totalmente gratuita. (estacionamento e entrada)
rolara bandas de varios ritmos diferentes e varios artistas de modalidades distintas. (27 só de circo)
e td isso debaixo daquele que é considerado o maior monumento de Osasco: o viaduto metalico. a partir das 20h
espero que vcs possam estar vindo prestigiar nossos artistas e tambem o trabalho dos Irmaos de doum, que é o grupo que organiza.
festa tem apoio da prefeitura de osasco, vereador Fabio Yamato e policia militar e claro.... do SIMBORA POVO.
em anexo vai o flyer das bandas.
ta chegando a hora de ir embora pra casa
eeeeeeeeeeeeee
feriado de semana é sempre bom.
Lembro que neste sabado teremos a madrugada cultural de osasco.
Peço a vcs que encaminhem este email aos amigos pois nossa divulgação, assim como a das viagens, é sempre boca boca.
É uma festa para cerca de 3.000 pessoas (numero do ano passado) e totalmente gratuita. (estacionamento e entrada)
rolara bandas de varios ritmos diferentes e varios artistas de modalidades distintas. (27 só de circo)
e td isso debaixo daquele que é considerado o maior monumento de Osasco: o viaduto metalico. a partir das 20h
espero que vcs possam estar vindo prestigiar nossos artistas e tambem o trabalho dos Irmaos de doum, que é o grupo que organiza.
festa tem apoio da prefeitura de osasco, vereador Fabio Yamato e policia militar e claro.... do SIMBORA POVO.
em anexo vai o flyer das bandas.
S O S
O cd dos tribalistas
o livro de filosofia
e o de psicologia.
as calças
as canções
e as calcinhas.
os pensamentos
as palavras
e as poesias.
os abraços
os beijos
e o sexo.
meu mundo
nosso mundo
e o mundo de sophia.
as fotos
os fatos
e os sonhos.
a tristeza
e a alegria.
trocou o penteado
os móveis de lugar
e a fechadura.
jogou todas as minhas lembranças fora.
Devanil caires
quarta-feira, 2 de junho de 2010
O presidente Lula em Silencios...Confira agora !
*LULA (AQUELE QUE NÃO ENTENDE DE "BULHUFAS" DE NADA!)*
Lula, que não entende de sociologia, levou 32 milhões de miseráveis e pobres
à condição de consumidores; e que também não entende de economia; pagou as
contas de FHC, zerou a dívida com o FMI e ainda empresta algum aos ricos.
Lula, o analfabeto, que não entende de educação, criou mais escolas e
universidades que seus antecessores juntos [14 universidades públicas e
estendeu mais de 40 campi], e ainda criou o PRÓ-UNI, que leva o filho do
pobre à universidade [meio milhão de bolsa para pobres em escolas
particulares].
Lula, que não entende de finanças nem de contas públicas, elevou o salário
mínimo de 64 para mais de 291 dólares [valores de janeiro de 2010], e não
quebrou a previdência como queria FHC. Lula, que não entende de psicologia,
levantou o moral da nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo.
Embora o PIG - Partido da Imprensa Golpista, que entende de tudo, diga que
não.
Lula, que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada,
reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o país à liderança
mundial de combustíveis renováveis [maior programa de energia alternativa ao
petróleo do planeta]. Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas
mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser
respeitado e enterrou o G-8 [criou o G-20].
Lula, que não entende de política externa nem de conciliação, pois foi
sindicalista brucutu; mandou às favas a ALCA, olhou para os parceiros do
sul, especialmente para os vizinhos da América Latina, onde exerce liderança
absoluta sem ser imperialista. Tem fácil trânsito junto a Chaves, Fidel,
Obama, Evo etc. Bobo que é, cedeu a tudo e a todos.
Lula, que não entende de mulher nem de negro, colocou o primeiro negro no
Supremo (desmoralizado por brancos) uma mulher no cargo de primeira
ministra, e que pode inclusive, fazê-la sua sucessora. Lula, que não entende
de etiqueta, sentou ao lado da rainha (a convite dela) e afrontou nossa
fidalguia branca de lentes azuis.
Lula, que não entende de desenvolvimento, nunca ouviu falar de Keynes, criou
o PAC; antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora de o Estado
investir; hoje o PAC é um amortecedor da crise. Lula, que não entende de
crise, mandou baixar o IPI e levou a indústria automobilística a bater
recorde no trimestre [como também na linha branca de eletrodomésticos].
Lula, que não entende de português nem de outra língua, tem fluência entre
os líderes mundiais; é respeitado e citado entre as pessoas mais poderosas e
influentes no mundo atual [o melhor do mundo para o Le Monde, Times, News
Week, Financial Times e outros...].
Lula, que não entende de respeito a seus pares, pois é um brucutu, já tinha
empatia e relação direta com George Bush - notada até pela imprensa
americana - e agora tem a mesma empatia com Barack Obama.
Lula, que não entende nada de sindicato, pois era apenas um agitador; é
amigo do tal John Sweeny [presidente da AFL-CIO - American Federation Labor
- Central Industrial Congres - a central de trabalhadores dos Estados
Unidos, que lá sim, é única...] e entra na Casa Branca com credencial de
negociador e fala direto com o Tio Sam lá, nos "States".
Lula, que não entende de geografia, pois não sabe interpretar um mapa é
autor da [maior] mudança geopolítica das Américas [na história].
Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca estará
preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna interlocutor
universal.
Lula, que não entende nada de história, pois é apenas um locutor de
bravatas; faz história e será lembrado por um grande legado, dentro e fora
do Brasil.
Lula, que não entende nada de conflitos armados nem de guerra, pois é um
pacifista ingênuo, já é cotado pelos palestinos para dialogar com Israel.
Lula, que não entende nada de nada; é bem melhor que todos os outros...!
*Pedro Lima*
Economista e professor de economia da UFRJ
*DESCULPE OS NÃO-LULAS, MAS COMO RECEBO MUITOS EMAILS*
*
IRONIZANDO, DEBOCHANDO E FALANDO HORRORES DELE ACHO
QUE TENHO O DIREITO DE ENVIAR UM ÚNICO E-MAIL QUE
FALE BEM DESSE "ANALFABETO".
Lula, que não entende de sociologia, levou 32 milhões de miseráveis e pobres
à condição de consumidores; e que também não entende de economia; pagou as
contas de FHC, zerou a dívida com o FMI e ainda empresta algum aos ricos.
Lula, o analfabeto, que não entende de educação, criou mais escolas e
universidades que seus antecessores juntos [14 universidades públicas e
estendeu mais de 40 campi], e ainda criou o PRÓ-UNI, que leva o filho do
pobre à universidade [meio milhão de bolsa para pobres em escolas
particulares].
Lula, que não entende de finanças nem de contas públicas, elevou o salário
mínimo de 64 para mais de 291 dólares [valores de janeiro de 2010], e não
quebrou a previdência como queria FHC. Lula, que não entende de psicologia,
levantou o moral da nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo.
Embora o PIG - Partido da Imprensa Golpista, que entende de tudo, diga que
não.
Lula, que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada,
reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o país à liderança
mundial de combustíveis renováveis [maior programa de energia alternativa ao
petróleo do planeta]. Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas
mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser
respeitado e enterrou o G-8 [criou o G-20].
Lula, que não entende de política externa nem de conciliação, pois foi
sindicalista brucutu; mandou às favas a ALCA, olhou para os parceiros do
sul, especialmente para os vizinhos da América Latina, onde exerce liderança
absoluta sem ser imperialista. Tem fácil trânsito junto a Chaves, Fidel,
Obama, Evo etc. Bobo que é, cedeu a tudo e a todos.
Lula, que não entende de mulher nem de negro, colocou o primeiro negro no
Supremo (desmoralizado por brancos) uma mulher no cargo de primeira
ministra, e que pode inclusive, fazê-la sua sucessora. Lula, que não entende
de etiqueta, sentou ao lado da rainha (a convite dela) e afrontou nossa
fidalguia branca de lentes azuis.
Lula, que não entende de desenvolvimento, nunca ouviu falar de Keynes, criou
o PAC; antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora de o Estado
investir; hoje o PAC é um amortecedor da crise. Lula, que não entende de
crise, mandou baixar o IPI e levou a indústria automobilística a bater
recorde no trimestre [como também na linha branca de eletrodomésticos].
Lula, que não entende de português nem de outra língua, tem fluência entre
os líderes mundiais; é respeitado e citado entre as pessoas mais poderosas e
influentes no mundo atual [o melhor do mundo para o Le Monde, Times, News
Week, Financial Times e outros...].
Lula, que não entende de respeito a seus pares, pois é um brucutu, já tinha
empatia e relação direta com George Bush - notada até pela imprensa
americana - e agora tem a mesma empatia com Barack Obama.
Lula, que não entende nada de sindicato, pois era apenas um agitador; é
amigo do tal John Sweeny [presidente da AFL-CIO - American Federation Labor
- Central Industrial Congres - a central de trabalhadores dos Estados
Unidos, que lá sim, é única...] e entra na Casa Branca com credencial de
negociador e fala direto com o Tio Sam lá, nos "States".
Lula, que não entende de geografia, pois não sabe interpretar um mapa é
autor da [maior] mudança geopolítica das Américas [na história].
Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca estará
preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna interlocutor
universal.
Lula, que não entende nada de história, pois é apenas um locutor de
bravatas; faz história e será lembrado por um grande legado, dentro e fora
do Brasil.
Lula, que não entende nada de conflitos armados nem de guerra, pois é um
pacifista ingênuo, já é cotado pelos palestinos para dialogar com Israel.
Lula, que não entende nada de nada; é bem melhor que todos os outros...!
*Pedro Lima*
Economista e professor de economia da UFRJ
*DESCULPE OS NÃO-LULAS, MAS COMO RECEBO MUITOS EMAILS*
*
IRONIZANDO, DEBOCHANDO E FALANDO HORRORES DELE ACHO
QUE TENHO O DIREITO DE ENVIAR UM ÚNICO E-MAIL QUE
FALE BEM DESSE "ANALFABETO".
Programação Quinzenal do CEU Parque Anhanguera
Segue abaixo a Programação Quinzenal do CEU Parque Anhanguera, de 01 a 15 de junho.
Pedimos a colaboração na divulgação da sua Equipe.
Contamos com a sua presença.
Jacqueline K. Mikaro de Oliveira
Coordenadora da Ação Cultural
CEU Parque Anhanguera
3911-2183/ 9420-3160
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terça-feira, 1 de junho de 2010
Achados & perdidos.
Achados & perdidos.
Eu nunca achei nada. É nunca encontrei nada. Na minha família todo mundo já achou alguma coisa. Minha irmã já achou dinheiro na rua, minha mãe já achou corrente de ouro, carteira, cartão telefônico e até cartão de crédito. Até meu pai já achou coisas nesta vida: livro em banco de praça, relógio, cartão de bilhete único carregado. Meu pai também já achou que eu era veado. Hoje ele não acha mais isso. Hoje ele acha que eu sou vagabundo.
Eu nunca achei nada. Nunca achei dinheiro na rua. Nunca achei uma faculdade ou curso que me interessasse. Nunca achei emprego e nunca achei uma namorada decente.
Desde criança é assim. E pior que não achar nada, é ser sempre achado. Desde os tempos das brincadeiras de esconde-esconde.
É... Sempre fui achado. A polícia já achou que eu era maconheiro, ladrão... Meus vizinhos acham que eu sou mal-elemento. Meu pai, como disse acha que sou vagabundo, e minha mãe acha que eu sou um coitado. E eu, não acho nada.
E mesmo quando achava alguma coisa. Achava errado. Tempos atrás, uma garota lá do bairro, disse que achava que estava grávida. Esperando um filho meu. Eu achava que não poderia ser meu. E não é que era. DNA e tudo. Naquele dia achei que eu estava fodido. Mas não. Achei errado, mais uma vez. O menino cresceu. É um garoto esperto. A mãe não me cobra nada. E posso vê-lo quando quero. Acho que está tudo bem. Melhor não achar nada por enquanto. Acho que a mãe dele gosta de mim. Mas acho que ela acha que eu não seria um bom marido, talvez nem um bom pai. Acho que ela pensa isso porque eu nunca achei um emprego, consequentemente nunca tenho dinheiro pra nada, e ela é daquelas pessoas que pensam que o dinheiro determina o valor dos outros.
Ela arranjou um outro cara. Estão morando juntos. E por isso meu pai agora acha que eu sou corno. Mas eu não acho isso, nunca tivemos um relacionamento. Foi apenas uma transa. Eu acho.
Só sei que, durante muito tempo fiquei achando que realmente não daria em nada. Que minha vida era fútil, que nunca acharia nada pra fazer... Mas de uns tempos pra cá, comecei a me interessar por poesia. E agora estou achando que sou poeta e meu pai continua achando que eu sou um vagabundo.
Marcelo Nocelli
Eu nunca achei nada. É nunca encontrei nada. Na minha família todo mundo já achou alguma coisa. Minha irmã já achou dinheiro na rua, minha mãe já achou corrente de ouro, carteira, cartão telefônico e até cartão de crédito. Até meu pai já achou coisas nesta vida: livro em banco de praça, relógio, cartão de bilhete único carregado. Meu pai também já achou que eu era veado. Hoje ele não acha mais isso. Hoje ele acha que eu sou vagabundo.
Eu nunca achei nada. Nunca achei dinheiro na rua. Nunca achei uma faculdade ou curso que me interessasse. Nunca achei emprego e nunca achei uma namorada decente.
Desde criança é assim. E pior que não achar nada, é ser sempre achado. Desde os tempos das brincadeiras de esconde-esconde.
É... Sempre fui achado. A polícia já achou que eu era maconheiro, ladrão... Meus vizinhos acham que eu sou mal-elemento. Meu pai, como disse acha que sou vagabundo, e minha mãe acha que eu sou um coitado. E eu, não acho nada.
E mesmo quando achava alguma coisa. Achava errado. Tempos atrás, uma garota lá do bairro, disse que achava que estava grávida. Esperando um filho meu. Eu achava que não poderia ser meu. E não é que era. DNA e tudo. Naquele dia achei que eu estava fodido. Mas não. Achei errado, mais uma vez. O menino cresceu. É um garoto esperto. A mãe não me cobra nada. E posso vê-lo quando quero. Acho que está tudo bem. Melhor não achar nada por enquanto. Acho que a mãe dele gosta de mim. Mas acho que ela acha que eu não seria um bom marido, talvez nem um bom pai. Acho que ela pensa isso porque eu nunca achei um emprego, consequentemente nunca tenho dinheiro pra nada, e ela é daquelas pessoas que pensam que o dinheiro determina o valor dos outros.
Ela arranjou um outro cara. Estão morando juntos. E por isso meu pai agora acha que eu sou corno. Mas eu não acho isso, nunca tivemos um relacionamento. Foi apenas uma transa. Eu acho.
Só sei que, durante muito tempo fiquei achando que realmente não daria em nada. Que minha vida era fútil, que nunca acharia nada pra fazer... Mas de uns tempos pra cá, comecei a me interessar por poesia. E agora estou achando que sou poeta e meu pai continua achando que eu sou um vagabundo.
Marcelo Nocelli
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