sábado, 29 de maio de 2010

Leoa ou Gazela, todo dia é dia dela



É um bom presente pra dar no DIA DOS NAMORADOS. Peça pelo Email.
Hoje posto um poema do livro que venceu o Prêmio Cidadão de Poesia 2009.

Especiaria 

À espera submarina

do peixe - dos - terremotos,
ela sonha seus versos toscos:

alegorias escondidas
em margaridas sulferinas
e antigos signos mortos.

Lá no fundo do barco,
nos porões do que foi,
estão seus olhos de ontem.

Esses velhos marinheiros
repetem o fog sob os cílios.

Incrustrados,
não reconhecem cenário,
pátria, ilha ou parada,
nem quando vêem os filhos.

Com lentidão de sereia,
a mulher que desveste o espelho
à boca soma acalantos.

E guarda que nela se afoguem
outros lábios vermelhos,
inchados
de tanto prazer e pranto.

3 comentários:

Marcelo Novaes disse...

Flá,




Jogo de espelhos [baços] ao infinito: olhos nublados vendo a narradora ao [/do] fundo.



A própria exigência desse jogo-de-espelhos deve engendrar silêncios...




Um beijo.

Carlos Galdino disse...

Gente eu recomendo,esse livro,pois já li e reli umas 3 vezes.A Flavia é capaz de nos prender em seu universo de poesias,e quando li pela primeira vez,gostei tanto que a convidei para escrever neste espaço.

Carlos Galdino

Flá Perez (BláBlá) disse...

poxa!
obrigada meninos!
bjbjbj

achados & perdidos

Para André dias - Poesia é besteira - por Rudá