segunda-feira, 17 de maio de 2010

Dialética


Não faz sentido

brincar meu carrossel

em torno da sua ausência


Tampouco lambuzar de mel

o limão que me traz

com veemência


Não faz sentido

te inundar de pólvora

se não existe fogo

brincar de índio

entrar na roda

perder seu jogo

Não faz sentido o suor intenso em dias frios
estender a outra face aguardando outro abril


a memória

apostólica romana

a dança cigana

entre boleros e ventres

Não faz sentido
chantili e merengue

os poemas amassados

rasgados com fúria

esperar que você seja brando

feito bebida da uva

Não faz sentido

todo este tamanho

as cores lá fora

e eu aqui em preto e branco

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